23 fevereiro 2008

O silêncio vem calar mais uma boca.
Que morta já não tem razão.
Posso ouvir seus passos no corredor.
Escuro, sem traços desenhados.
O sorriso que era latente.

Agora posso entender a vida.
Que morta já não tem aflição.
Posso acreditar em quase nada.
Breu, sem desenhos geométricos.
A arquitetura que era evidente.

O laço existe para ignorar a liberdade.
Que morta já não tem espaço.
Posso fingir não enxergar o óbvio.
Noite, sem braços entrelaçados.
O amor que era esquecido.