26 abril 2008
A proclamação é o gozo de liberdade. E a liberdade é um fardo. O estatuto da universalidade diz: "escolhendo-me, escolho o homem". Sendo assim, a essência não precede a existência. E a humanidade não precede o homem. A enaltecida emancipação compreende a responsabilidade absoluta de ser um sujeito finito. Sou finita e por isso me responsabilizo. Devo entender esta liberdade e acima de tudo aceitá-la como um valor universal. O profundo sentido de uma escolha existencial consiste em que ela é um juízo. E como um juízo, tenho a responsabilidade de anunciá-la como parte de mim. Como um ponto de partida da verdade absoluta. E também da subjetividade. Eis o meu ponto de partida. Não pode existir outra verdade que não esta anunciada. A contemplação é apenas um luxo. Não devo me conformar no outro, nem vivenciar este individualismo solitário e paralisante.