21 julho 2007

Efemeridade Mental

Queria falar sobre as putas. Universo promíscuo do desejo egoísta. Consome. Fome. Sede. Basta morrer para nascer outra vez. Inspiração não vem, não consigo. Durmo para esquecer o gosto amargo da língua doce. Delicado desejo efêmero. Prostituição mental fútil. Inútil. Inabitado desejo. Fúnebre. Azedume. Meus ouvidos estão sensíveis para os sons. Desejo bocas. E o silêncio. Estou cética com as possibilidades do amor. Se quiser me mostrar. Não sei. O carnaval da vida é interminável. Esgotamento inconsciente do prazer. O peito rompe a capa protetora do tormento. Existe mágoa em minha essência. Humana. Interminável.