Queria falar sobre as putas. Universo promíscuo do desejo egoísta. Consome. Fome. Sede. Basta morrer para nascer outra vez. Inspiração não vem, não consigo. Durmo para esquecer o gosto amargo da língua doce. Delicado desejo efêmero. Prostituição mental fútil. Inútil. Inabitado desejo. Fúnebre. Azedume. Meus ouvidos estão sensíveis para os sons. Desejo bocas. E o silêncio. Estou cética com as possibilidades do amor. Se quiser me mostrar. Não sei. O carnaval da vida é interminável. Esgotamento inconsciente do prazer. O peito rompe a capa protetora do tormento. Existe mágoa em minha essência. Humana. Interminável.