13 junho 2008

Ainda me pergunto
Em qual momento
O desmerecer
Do merecido
Afetou o ser?

12 junho 2008

Com você aprendi a valorizar cada segundo
Pela sua efemeridade, distância
Com você aprendi a nunca deixar de dizer
Eu te amo, mesmo sabendo ser em vão
Porque o tempo leva tudo
Dilui o conteúdo em águas corridas
Que correm para os rios
E nos rios estas águas
São as mesmas misturadas
Que não se diferem
Apenas morrem
Com você aprendi a contar
E ter a lei da vantagem
Com você aprendi a impaciência
E a exaustão da linguagem
Porque o exagero difama
O amor, minimizando seu gesto
Singelo de sensatez
Hoje sou o desamor
Desenhado com giz de cera
Sem linha firme
E com entranhas
De egoísmo
E por ser tudo isso
E poder ser ainda mais
Escolho o caminho oposto
Para não mais aprender nada
E adorar o silêncio
Da noite como forma de amar
O desconhecido prazer